quarta-feira, 26 de junho de 2013

Comunidade de matriz africana ganha Ponto de Leitura Afro no Rio de Janeiro

Comunidade de matriz africana ganha Ponto de Leitura Afro no Rio de Janeiro

Data: 30/04/2013
Comunidade Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo lança Ponto de Leitura Ancestralidade Africana em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Resulta de parceria entre a SEPPIR e a FBN/MinC, a ação visa apoiar e estimular iniciativas culturais voltadas para a promoção, preservação e divulgação da história e cultura africana e afro-brasileira.
Comunidade de matriz africana ganha Ponto de Leitura Afro no Rio de Janeiro
Os Pontos de Leitura Afro resultam de parceria entre a SEPPIR e a FBN/MinC

Mais um Ponto de Leitura Africana é lançado no país. Desta vez, no Rio de Janeiro, na Comunidade Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo, em São Gonçalo. O espaço integra o programa Pontos de Leitura Ancestralidade Africana no Brasil e será lançado nesta sexta-feira (3/05), às 14h. A ação é fruto de parceria entre a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR) e a Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura (FBN/MinC). Além deste, outros nove Pontos estão em funcionamento em comunidades tradicionais, quilombos e terreiros de diferentes cidades brasileiras.

Na ocasião, também será exibido o curta-metragem iCandomblé dirigido por João Velho. O vídeo mostra a relação entre tradição e inovação no Candomblé como resultado da constatação do impacto da globalização na troca de conhecimentos entre os adeptos do culto aos Orixás de todo o mundo.

De acordo com a Iyalorixá Márcia d'Oxum, a comunidade de matriz africana Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo desenvolve trabalhos sociais com jovens das comunidades de terreiro, além de projetos e ações nas áreas de educação, treinamento profissional, trabalho e geração de renda, capacitando e preparando os jovens afrodescendentes para o mercado de trabalho.

“A chegada do Ponto de Leitura será muito importante principalmente no nosso trabalho com as crianças, que terão maior estímulo à leitura com um espaço especialmente destinado a essa atividade. Com isso, evita-se a evasão escolar e mantemos as crianças envolvidas com uma atividade lúdica e educativa”, afirma.

Preservação e visibilidade
A instalação de Pontos de Leitura Afros colabora para a preservação e para dar maior visibilidade aos saberes presentes na história dos povos tradicionais, conforme explica a secretária de Políticas para as Comunidades Tradicionais, Silvany Euclênio. “Contribui para a salvaguarda do patrimônio cultural que subsiste na memória das comunidades, nas narrativas transmitidas de geração a geração e que, na maior parte das vezes, são ignoradas pelos registros históricos”, esclarece.

O programa é uma ação transversal dentro do MinC, que envolve a FBN Programa Livro, Leitura e Literatura, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), e a Secretaria de Cidadania Cultural.  A iniciativa conta com um acervo suplementar composto por mais de 600 livros relacionados à cultura de matriz africana, além do Kit tradicional dos Pontos de Cultura, que contêm 650 livros, mobiliário para sala de leitura, um computador e impressora.

Cooperação
O programa Pontos de Leitura Ancestralidade Africana no Brasil é parte do acordo de cooperação firmado entre a FBN/MinC e a SEPPIR no âmbito da campanha Igualdade Racial é pra Valer. A Secretaria de Cidadania Cultural do MinC apoia a iniciativa com R$ 300 mil, aplicados na produção e registro da memória das comunidades contempladas. A FBN visita as localidades e realiza uma pesquisa que reunirá informações a serem incorporadas ao acervo dos Pontos de Leitura. Já a SEPPIR participa da concepção da ação e contribui com financiamento da compra do acervo temático, no valor de R$ 200 mil.

Os Pontos estão localizados em comunidades tradicionais, quilombos e terreiros. Além da unidade da Comunidade Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo, em São Gonçalo (RJ), existem mais 9 pontos funcionando: no Centro de Cultura Afro-Brasileiro Ilê Axé Omidewá, em João Pessoa (PB); Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto, em Porto Alegre (RS); Comunidade Quilombola Mesquita, na Cidade Ocidental (GO); Quilombo do Curiaú (AP); Associação Santuário Sagrado de Pai João de Aruanda, em Terezina (PI); Comunidade Aceyoni, em Belém (PA); Quilombo do Macucu, em Minas Novas (MG); Comunidade Quilombola Serra do Apom, em Castro (PR); e Comunidade Ilê Ede Dudu – Centro Cultural Orunmila, em Ribeirão Preto (SP).


SERVIÇO:

O que
: Lançamento do Ponto de Leitura da Ancestralidade Africana no Brasil
Quando: dia 3 de maio de 2013, às 14h
Onde: Rua Dalmir da Silva, lote 8 - frente e Rua João Soares lote 10, fundos. São Gonçalo, Rio de Janeiro.
Contato: (21) 2724 5612
 
Coordenação de Comunicação da SEPPIR

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